Não espere a Black Friday chegar. Sua pesquisa de preços deve começar já
A Black Friday, que no Brasil começou em 2010, está consolidada no país e tornou-se uma das datas comerciais mais aguardadas por lojistas e consumidores, ansiosos com a expectativa de realizar bons negócios. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta faturamento de R$3,45bi na edição deste ano, que acontece no dia 29 de novembro, última sexta-feira do mês. Estas cifras representariam um aumento de quase 20% em relação ao resultado do ano passado. Mas é preciso ter muita atenção.
De acordo com o Reclame Aqui, entre os dias 21 de novembro de 2018 e 31 de janeiro de 2019, foram registradas quase 100 mil reclamações relacionadas com a Black Friday do ano passado. Prazo de entrega, propaganda enganosa e divergência de valores são as principais manifestações feitas pelos clientes insatisfeitos. Hoje, porém, quero conversar com você, caro leitor, acerca de uma situação que nem sempre é percebida pelo consumidor e que diz respeito aos preços dos produtos ofertados.
Imagine um consumidor que tenha optado por aguardar a Black Friday para comprar um Smartphone, que já vinha "namorando" há algum tempo. Ao acessar o site da empresa escolhida, depara-se com uma promoção irrecusável: de R$2999,99 por R$2099,00, um desconto de 30%, uma economia de quase R$1 mil. Caso compre, é possível que esteja pagando exatamente o preço pelo qual o celular já vinha sendo comercializado meses antes.
Explico melhor: existem alguns varejistas que mascaram a Black Friday aumentando os preços dos produtos sensivelmente nas semanas que antecedem a campanha para diminuí-los no dia do evento, causando ao consumidor a sensação de ter sido impactado por uma promoção realmente inédita e imperdível.
A melhor maneira de se prevenir é pesquisando, periodicamente, os preços dos produtos que você tem interesse em adquirir. Assim, no próximo dia 29/11, quando for realmente comprar, irá se sentir mais seguro com a oferta. Há vários sites que monitoram os preços de produtos de diversas categorias e vale muito a pena consultá-los também.
O próprio Reclame Aqui, que no ano passado divulgou uma pesquisa que concluiu que 51% dos consumidores acreditavam que a Black Friday era pouco ou nada confiável, publicou também rankings das empresas, categorias e produtos mais reclamados, além de uma relação com os melhores e os piores descontos. É provável que repitam a dose este ano.
O Tudo Golpe destacou os menores preços encontrados, desde junho, em alguns itens que provavelmente serão bastante pesquisados nesta edição da Black Friday. Note que 4 dos 5 produtos tiveram uma variação positiva nos valores praticados entre os meses de setembro e outubro.
Não deixe de consultar, também, o Procon de sua cidade, fundação que realiza várias ações em defesa do consumidor, como o monitoramento de preços para identificar se houve alteração antes da promoção para dar a impressão de super descontos.
Saiba mais
Você sabe como surgiu o nome "Black Friday"? Esta e outras curiosidades sobre o evento, que começou nos Estados Unidos, foram publicadas nesta matéria da BBC News, que achei bastante interessante e quis compartilhar com você, leitor do Tudo Golpe.
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